Texto Nu | O MICROFONE NÃO BASTAVA, AGORA A JUSTIÇA TEM UMA NOVA VOZ

 


Em Angola, há artistas que entretêm. E há outros que enfrentam. MC K é da segunda espécie. Mas nem o rótulo de rapper lhe faz justiça. Katrogi Nhanga é, hoje, advogado, filósofo e militante político. Mas, acima de tudo, continua a ser voz do musseque, uma voz que não pediu permissão para existir.

Dos tempos em que rimava verdades proibidas nos álbuns “Trincheira das Ideias” e “Proibido Ouvir Isto”, à decisão de usar o Direito como escudo, MC K prova que a luta não escolhe palco. Vendeu 10 mil cópias em quatro horas, mesmo com censura. Foi perseguido. Calado à força. Mas nunca se vergou.

Em 2024, tornou-se advogado. Não para abandonar o rap, mas para reforçar a sua missão: defender os que não têm quem os defenda. Para ele, a justiça é a continuação da militância.

Hoje, abraça também o campo político, com o PRA-JÁ Servir Angola. Mas o seu princípio não mudou:

“Quero morrer em Angola. Quem deve sair são os corruptos, não os jovens sonhadores.”

MC K não é apenas artista. É consciência em movimento.


Redação Texto Nu – A Verdade que Sente

Luanda, Julho de 2025

textonuverdade@gmail.com


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